giovedì, novembre 09, 2006

due anni dopo

Lisbona 6.11.06 (appunti in movimento)

Lisbona, due anni dopo.
Un cielo completamente bianco, così diverso da quello così azzurro che mi accolse allora. Ma quando, uscendo dalla metro, esco in superfice e mi trovo nalla piazza del Rossio, non posso sfuggire a un brivido. E la malinconia invade questo pomeriggio cosi strano, in un'atmosfera cosi intima e insieme cosi lontana.

[..] Outra vez te revejo,
Cidade da minha infãncia pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...

Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?

Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.

Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver... [..]


Álvaro de Campos

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Salerno, Italy
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo/ Non sono niente. Non sarò mai niente. Non posso voler d'esser niente.a parte questo,ho in me tutti i sogni del mondo. [Fernando Pessoa]

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